quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Fidel Castro se reconverteria na visita do papa a Cuba


Bomba! Bomba! Bomba! A se confirmar a notícia publicada no conceituado jornal italiano La Reppublica na última quarta-feira, dia 1º de fevereiro, tanto o mundo ateu como o religioso receberá um golpe difícil de assimilar por ocasião da visita do papa Bento XVI a Cuba em fins do próximo mês de março. É que ninguém mais ninguém menos do que Fidel Castro, ícone do movimento comunista, ateu e latinoamericano aproveitaria a oportunidade para se reconciliar com a Igreja Católica, da qual foi excomungado 50 anos atrás - em 3 de janeiro de 1962 - pelo papa João XXIII, naqueles tempos conturbados do auge da Guerra Fria entre o mundo de órbita norteamericana e seu adversário de órbita soviética. Maus tempos aqueles...

Bem, mas voltando à notícia do La Reppublica (cuja estampa pode ser vista clicando aqui), segundo o jornal italiano apurou, nem o Vaticano nem os familiares, em especial sua filha Alina, conseguem mais esconder o segredo que estaria - até aqui - guardado a sete chaves, de que Fidel Castro se reconverteria à fé católica por ocasião da visita do papa a Cuba. A própria Alina teria dito que "nos últimos tempos, Fidel Castro se reaproximou da religião: redescobriu Jesus às portas da morte. Isto não me surpreende porque papai foi educado por jesuítas". Indagada ainda se essa "reconversão" não seria resultado do medo da morte, Alina contesta dizendo que "não sei se devemos chamar isso de medo. Mas estou convencida de que, hoje, ele esteja mais interessado no destino da sua alma do que no futuro de Cuba". A agenda do papa para a visita ao México e Cuba entre os dias 23 e 29 de março também foi divulgada nesta semana, e a visita protocolar do papa a Raúl Castro, irmão de Fidel e atual presidente de Cuba, que acontecerá no dia 27 às 17:30 h, poderá ser o momento em que o papa se encontrará com Fidel Castro. Embora o encontro não esteja previsto, a animadíssima Secretaria de Estado do Vaticano já se adiantou dizendo que não haverá problema algum para que ele ocorra. Com relação à excomunhão de 1962, as autoridades diplomáticas hoje a relevam e dizem que ela era praticamente automática a quem professava o comunismo naquela época, e garante que a Igreja Católica está pronta a receber de volta o filho cubano pródigo se ele quiser voltar para a casa romana. E então? Fidel Castro volta ou não volta? "Não sabemos" - dizem as fontes vaticanas - "No momento extremo, a morte deixa todo mundo com medo. Se Fidel quiser dizer qualquer coisa a propósito ao santo padre, Sua Santidade estará pronto a escutá-lo. Mas essas são coisas que também podem ser confessadas a um sacerdote jovem que vá encontrá-lo e ele também estará de prontidão". A Igreja Católica de Cuba tem o respeito do governo comunista da ilha não só por seus serviços sociais, mas principalmente por ter sido uma boa e confiável mediadora com dissidentes internos, países e organizações internacionais, nesses tempos de profunda crise política e econômica. É um ator fundamental no jogo político cubano atual. Marco Ansaldo finaliza o seu artigo no La Reppublica dizendo:
"Faz pouco tempo que Fidel Castro completou 85 anos de vida. Joseph Ratzinger completará a mesma idade no próximo mês de abril. Os perfis do revolucionário latinoamericano e do papa bávaro são distantes. Mas talvez a própria troca de palavras e olhares entre eles poderá valer, para Cuba e para o Vaticano, toda a viagem. Tentação incluída."


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