terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mutilação do clitóris escandaliza o mundo

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A mutilação genital feminina (MGF) é a prática de remoção do clitóris e dos lábios vaginais e até, em alguns locais, da suturação dos dois lados da vulva em meninas com a idade entre 4 e 14 anos. Sendo feita sem qualquer preocupação higiênica, com tesouras, facas, navalhas, agulhas e até pedaços afiados de vidro. Além disso, os agentes praticantes de tais atos, não possuem, na maioria dos casos, formação na área médica, agindo de forma arbitrária e não fazendo uso sequer de ferramentas adequadas e anestesias.

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Praticada em muitos países do continente africano e também do asiático, ela vem levantando muitas dúvidas e contestações em sociedades outras. Quais as razões e o porquê disso? E o que acontece às mulheres, vítimas de tamanha crueldade? Devemos intervir na cultura, nas tradições de outrem para impedir que tal barbárie continue ocorrendo? Essa prática é vista moralmente ou não o é?


O CLITOCLATISMO CULTURAL

Muito se discute na sociedade Ocidental, a barbárie que é a prática do Clitoclatismo em sociedades ditas como arcaicas do continente Africano e Asiático. Esse assunto ganhou notoriedade através de celebridades, como a história da ex-modelo somali Waris Dirie, 44, mutilada aos 5 anos, que virou livro, filme, rendeu-lhe o título de embaixadora das Nações Unidas e ainda resultou numa fundação.

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Segundo informações presentes em meios de comunicações como a internet, o parlamento de Guiné-Bissau está promovendo um caloroso embate, acerca da proibição da mutilação genital feminina, que está dividindo seus deputados. Ao buscarmos os argumentos de tais práticas, obsevarmos que o clitoclatismo ou a MGF se baseia em informações culturais e crendices que, se justificam, segundo as sociedades as quais estão inseridas, como mecanismos de identidade cultural, onde, segundo o conceito presente no dicionário dos Direitos Humanos:
"A identidade cultural é um sistema de representação das relações entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre outros. É um processo dinâmico, de construção continuada, que se alimenta de várias fontes no tempo e no espaço."

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