Certas
notícias fazem a gente pensar que é de natureza econômica a principal
razão para se manter a esdrúxula doutrina do purgatório.
O sujeito
leva uma vida desregrada de corrupção, roubos, homicídios, e basta dar
umas contribuições financeiras à igreja que - pronto - vai ter gente
disposta a rezar umas missas pra dar uma "empurradinha" nele do
purgatório para o paraíso. Um dia ele chega lá...
E você não
precisa ir longe para perceber isso. Basta ver aí mesmo na sua região a
quantidade de dinheiro e obras (às vezes, templos novos) doados à
igreja por pessoas de reputação, digamos, um tanto quanto questionável.
E para que
os católicos não se irritem sozinhos, o mesmo vale para os evangélicos
que dizem "aceitar Jesus" após uma vida desregrada, mas não confessam os
crimes horríveis que cometeram, nem restituem o dinheiro que roubaram.
Cantar
"Como Zaqueu" eles até cantam, mas ninguém doa metade dos seus bens aos
pobres nem se dispõe a restituir quadruplicado como fez o publicano
ladrão (Lucas 19:8)...
O dinheiro
compra certas coisas que Deus só não duvida porque Ele conhece bem a
natureza humana, sobretudo a hipocrisia. A notícia é da Folha:
Itália confirma que mafioso está enterrado em igreja de papas
Autoridades
italianas abriram nesta segunda-feira uma sepultura na Basílica de
santo Apolinário, em Roma, e confirmaram, por meio de um exame de
impressões digitais, que nela estava enterrado o mafioso Enrico De
Pedis.
A
caixa contendo seus restos mortais estava perto do caixão de De Pedis, e
não dentro dela, como havia sido divulgado inicialmente. Esses ossos e
outros encontrados no mesmo local serão analisados.
De
Pedis era líder do grupo criminoso da Magliana e acredita-se que ele
está vinculado ao desaparecimento de Emanuela Orlandi, filha de um
mensageiro do Vaticano, de quem não se têm notícias desde 22 de junho de
1983.
A
advogada da família Orlandi, Nicoletta Piergentili, disse que o
ossuário anexo à igreja de Santo Apolinário também será inspecionado e
examinado para verificar a hipótese de que a garota tenha sido enterrada
junto com o mafioso.
"Não
tinha dúvidas que Emanuela Orlandi não estava no caixão", comentou seu
irmão Pedro. "Finalmente será possível colocar um ponto final nesta
pista, uma das muitas que se seguiram ao longo dos anos. É apenas um
passo a mais para as investigações e esperamos que tudo seja
esclarecido", acrescentou.
TELEFONEMA
A
decisão do Ministério Público de reabrir o túmulo veio após um
telefonema ao programa de TV "Chi l'ha visto" ("Quem o viu", na tradução
literal do italiano) de 2005, que informava sobre o enterro do mafioso
na basília romana, e após o testemunho da ex-namorada de "Renatino" De
Pedis, Sabrina Minardi, que revelou que teria sido ele quem sequestrara
Emanuela.
A
polícia também fará investigações na cripta onde o caixão estava
enterrado. O loca, porém, ficará vazio com a remoção do caixão de De
Pedis, que será levado para o cemitério romano Prima Porta depois de
concluídos os exames.
A
Basílica de Santo Apolinário é reservada para o enterro de papas e
cardeais. Um informante da Santa Sé disse, recentemente, que o Vaticano
teria recebido uma doação da viúva do mafioso, em troca de seu enterro
na igreja romana. As autoridades vaticanas ainda não comentaram a
acusação.
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