terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Detentos da Cadeia Pública Manoel Onofre se rebelam por cinco horas em Mossoró

 
 
Detentos da Cadeia Pública de Mossoró Juiz Manoel Onofre de Souza se rebelaram ontem por mais de cinco horas. O motivo, segundo a direção da unidade prisional, teria sido causa banais. Mais de 100 presos do Pavilhão I queimaram colchões, quebraram cadeiras e impediram a transferência de dois colegas de cela.
 
De acordo com informações da diretora em exercício Francinete Fernandes, tudo começou por volta das 9h, quando o diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) masculino, Antônio Eilson Cavalcante, chegou à Cadeia Pública para escoltar dois detentos para a Penitenciária Mário Negócio.
"Quando Eilson foi transferir os presos, um deles, identificado como José Ivanildo Pinheiro de Lima, chegou para ele e disse que quando saísse da cadeia iria matá-lo.
 
Na ocasião, Eilson disse que iria prestar queixas por ter sido ameaçado. Foi então que pedi para que ele deixasse para fazer isso à tarde, o que realmente foi feito", explicou a diretora.
 
Por volta das 13h, o diretor do CDP voltou à Cadeia Pública para remover ao dois presos, no entanto José Ivanildo se recusou a sair, sendo acobertado pelos demais, que começaram a queimar colchões e quebrar cadeiras, dando início à rebelião.
 
Ao todo 102 presos passaram a fazer baderna e ameaçar a segurança do local. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter o incêndio, assim como o Grupo Tático Operacional (GTO), Rocam, Polícia Militar e a tropa de choque do Presídio Federal, além dos agentes penitenciários que estiveram na Cadeia Pública para conter os ânimos dos rebeldes.
 
A ação dos detentos foi tão elevada que se fez necessário usar bombas de efeito moral para entrar nas celas. Uma equipe de negociadores tentou em vão acalmar os presos, que só foram contidos após cinco horas de motim.
 
Depois da rebelião, 12 presos foram levados à Delegacia de Plantão do Alto de São Manoel para serem indiciados por incitação à rebelião, depredação do patrimônio público e motim. Desses, 10 saíram direto para o Presídio Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta. Os outros dois foram levados para o CDP de Mossoró.
 
Nos últimos cinco meses é a terceira rebelião registrada na Cadeia Pública de Mossoró.
 
Fonte: Jornal o Mossoroense

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