terça-feira, 8 de novembro de 2011

O médico de Michael Jackson pode passar apenas alguns meses atrás das grades apesar de ter sido condenado na segunda-feira por homicídio culposo na morte em 2009 do cantor de "Thriller". Especialistas no setor judiciário dos EUA disseram que o dr. Conrad Murray deve se beneficiar de uma nova lei na Califórnia voltada para o problema crônico da superlotação das unidades penitenciárias do estado. O juiz Michael Pastor, que julgou o caso, poderia condenar Murray no dia 29 de novembro à liberdade condicional, prisão domiciliar ou até 4 anos na prisão estatal. Ele foi considerado culpado de negligência grave ao dar para Jackson o anestésico propofol -- normalmente usado para sedar pacientes antes de cirurgias -- que foi considerada a principal causa da morte do cantor em 2009. Mas a Califórnia adotou uma nova lei no mês passado que envia detentos de baixo risco às prisões municipais, e autoridades que administram as penitenciárias municipais de Los Angeles têm, com frequência, libertado antecipadamente os presos por causa da falta de espaço. "Será muito difícil chegar a uma sentença adequada para a prisão de dr. Conrad Murray", disse na segunda-feira a jornalistas o promotor público de Los Angeles, cujo departamento processou o caso. Stan Goldman, professor da Escola de Direito de Loyola, disse estar surpreso pelo fato de o juiz Pastor ter ordenado que Murray fosse preso durante três semanas antes da sentença. O médico ficou livre nos últimos dois anos após pagar fiança de 75 mil dólares. "Era bastante óbvio que ao ser preso (antes do julgamento), na maior surpresa do julgamento inteiro, haveria uma sentença de três a quatro anos", disse Goldman à Reuters. Mas Goldman acrescentou: "Me surpreenderia se daqui a um ano Conrad Murray ainda estiver atrás das grades." O advogado de defesa Mark McBride disse que a pena efetivamente cumprida de Murray poderia ter sido ainda menor. Isso ocorre em parte porque o crime de homicídio culposo não é considerado um delito grave sob a lei californiana, e a lei estipula que apenas 50 por cento de qualquer sentença deve ser cumprida atrás das grades. Além disso, a superlotação das prisões "significa que Murray poderá cumprir três ou quatro meses", disse McBride à Reuters. Notícias relacionadas:

Conrad Murray é algemado após decisão do júri (Foto: AP)
O médico de Michael Jackson pode passar apenas alguns meses atrás das grades apesar de ter sido condenado na segunda-feira (7) por homicídio culposo na morte em 2009 do cantor de "Thriller".
Especialistas no setor judiciário dos EUA disseram que o dr. Conrad Murray deve se beneficiar de uma nova lei na Califórnia voltada para o problema crônico da superlotação das unidades penitenciárias do estado.
O juiz Michael Pastor, que julgou o caso, poderia condenar Murray no dia 29 de novembro à liberdade condicional, prisão domiciliar ou até 4 anos na prisão estatal. Ele foi considerado culpado de negligência grave ao dar para Jackson o anestésico propofol - normalmente usado para sedar pacientes antes de cirurgias - que foi considerada a principal causa da morte do cantor em 2009.
Mas a Califórnia adotou uma nova lei no mês passado que envia detentos de baixo risco às prisões municipais, e autoridades que administram as penitenciárias municipais de Los Angeles têm, com frequência, libertado antecipadamente os presos por causa da falta de espaço.
"Será muito difícil chegar a uma sentença adequada para a prisão de dr. Conrad Murray", disse na segunda-feira a jornalistas o promotor público de Los Angeles, cujo departamento processou o caso. Stan Goldman, professor da Escola de Direito de Loyola, disse estar surpreso pelo fato de o juiz Pastor ter ordenado que Murray fosse preso durante três semanas antes da sentença. O médico ficou livre nos últimos dois anos após pagar fiança de US$ 75 mil.
"Era bastante óbvio que ao ser preso (antes do julgamento), na maior surpresa do julgamento inteiro, haveria uma sentença de três a quatro anos", disse Goldman à Reuters. Mas ele acrescentou: "Me surpreenderia se daqui a um ano Conrad Murray ainda estiver atrás das grades."
O advogado de defesa Mark McBride disse que a pena efetivamente cumprida de Murray poderia ter sido ainda menor. Isso ocorre em parte porque o crime de homicídio culposo não é considerado um delito grave sob a lei californiana, e a lei estipula que apenas 50% de qualquer sentença deve ser cumprida atrás das grades.
Além disso, a superlotação das prisões "significa que Murray poderá cumprir três ou quatro meses", disse McBride à Reuters.

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