A não filiação do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, ao PSD teve um objetivo: manter o grupo unido e não seguir na linha adotada pelo vice-governador Robinson Faria, que aparece em dessintonia política com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). "É do conhecimento público que está havendo um mal-estar momentâneo entre o vice-governador e o Governo do Estado. Por ser amigo de Robinson, eu, o deputado Raimundo Fernandes e o deputado Antônio Jácome, permanecendo no PMN, vamos formar um elo do grupo do vice-governador, de quem somos aliados e sou amigo pessoal", afirmou.
Para Ricardo Motta, o fato de permanecer no PMN e Robinson no PSD não significa que estejam em palanques distintos. "Para dar continuidade a esse grupo vencedor e assegurar cada vez mais a governabilidade à governadora e ao vice-governador, que também é do Governo, vamos permanecer no PMN, dentro do entendimento, da harmonia e do respeito mútuo", afirmou.
O deputado disse que Robinson Faria recebeu essa decisão com satisfação, tendo em vista que ele e Raimundo Fernandes permanecendo, "vamos dar mais musculatura ao partido até para defender os interesses do Governo e ajudar na administração da nossa Casa".
Com a sua permanência no PMN, Ricardo Motta trabalha agora para assumir o comando do partido. "Estamos em entendimentos para assumir a presidência do PMN. Primeiro, vamos formar os diretórios. Tudo vai ser feito dentro de um acordo com os dirigentes do partido."
Ricardo Motta disse ainda que trabalha com a possibilidade do ingresso dos deputados Vivaldo Costa (PR) e Gustavo Carvalho (PSB), se isso for permitido juridicamente. (Com informações de Aldemar de Almeida)
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